Contra pressão na <em>Sisáqua</em>

A greve do pessoal da Sisáqua, na ETAR da Ribeira de Moinhos, Sines, iniciada a 16 de Fevereiro, respeita os serviços mínimos mas, prolongando-se, cria riscos ambientais que alguns procuram usar como forma de pressão contra aquela justa luta - que, a par de melhorias salariais, inclui nos seus objectivos a criação de melhores condições para um seguro e eficaz funcionamento daquele equipamento. Trabalhadores e sindicato refutam tal pressão e têm em seu apoio um movimento local de solidariedade.
No dia 20, uma delegação dos trabalhadores em luta deslocou-se a Lisboa, concentrando-se frente ao Ministério do Trabalho, para exigir que este promova o diálogo, em vez de acentuar o conflito - como sucedeu com a declaração de serviços mínimos, satisfazendo as pretensões da empresa.
No dia 22, sexta-feira, ocorreu uma concentração frente à Águas de Santo André. «Esta empresa é a detentora das instalações da ETAR da Ribeira de Moinhos e, como tal, não pode fazer como Pilatos, livrando a sua responsabilidade no que diz respeito às reivindicações destes trabalhadores», defende o Sinquifa/CGTP-IN, explicando que só não são funcionários da proprietária da ETAR «porque alguém quer fazer muito dinheiro» à sua custa. A Águas de Santo André pertence ao grupo Águas de Portugal; a exploração da ETAR foi concessionada à Sisáqua, que pertence ao grupo Consulgal; como «todas estas empresas têm por objectivo o lucro», pretendem consegui-lo «pagando baixos salários aos trabalhadores», acusa o sindicato.


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